O etarismo, também conhecido como preconceito etário ou ageísmo, é a discriminação baseada na idade. É uma forma de preconceito que afeta pessoas de todas as idades, mas é mais comum contra os idosos.
Esse tipo de preconceito pode afetar todas as áreas da vida de uma pessoa, incluindo emprego, saúde e relacionamentos sociais. O etarismo é um problema crescente em muitos países, especialmente nas nações desenvolvidas onde a população está envelhecendo rapidamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos chegará a 2 bilhões em todo o mundo. Isso significa que a discriminação etária pode afetar um número cada vez maior de pessoas no futuro.
FORMAS DE ETARISMO
Uma das formas mais comuns de etarismo é a discriminação no local de trabalho. Os empregadores muitas vezes tendem a preferir candidatos mais jovens, mesmo que os candidatos mais velhos tenham a mesma qualificação e experiência. Além disso, ver os idosos como menos produtivos ou menos capazes de aprender novas tecnologias, além de triste, pode levar à sua exclusão do mercado de trabalho.
Outra forma de etarismo é a discriminação no acesso à saúde. Os idosos muitas vezes são vistos como “custosos” e “problemáticos” pelos sistemas de saúde, e muitas vezes negligenciados ou mal tratados. Eles também podem enfrentar preconceito no acesso a serviços de saúde, como tratamentos para doenças graves ou cirurgias complexas.
Além disso, o etarismo pode afetar a vida social e o bem-estar emocional dos idosos. Eles podem ser vistos como menos atraentes ou menos valiosos socialmente, o que pode levar à sua exclusão social. Essa exclusão social pode levar a sentimentos de solidão e isolamento, o que pode ter um impacto negativo na saúde mental e física.
Infelizmente, o preconceito em razão da idade muitas vezes é ignorado ou minimizado em comparação com outras formas de preconceito, como o racismo ou o sexismo. Isso pode levar a uma falta de consciência pública sobre o problema e a um fracasso em abordá-lo adequadamente.
COMO COMBATER
Então, o que fazer para combater esse ageísmo? Uma solução é aumentar a conscientização sobre o problema e educar as pessoas sobre as consequências negativas da discriminação etária. Campanhas de conscientização pública, programas de treinamento em empresas e escolas, e mídia social são excelentes formas de se fazer isso.
Outra solução é implementar políticas que visem proteger os direitos dos idosos e combater a discriminação etária. Essas políticas podem incluir leis que proíbam a discriminação com base na idade no local de trabalho, acesso à saúde e outros serviços, bem como programas de bem-estar social para idosos.
Além disso, é importante para as pessoas idosas se envolverem em atividades que promovam uma vida ativa e social. Isso pode incluir participar de grupos de interesse, como clubes de leitura ou grupos de voluntariado, que podem fornecer uma comunidade solidária e uma sensação de pertencimento.
Também é importante mudar a narrativa em torno do envelhecimento. Em vez de ver a velhice como uma fase de declínio e perda, devemos celebrar a sabedoria e a experiência que vem com a idade. Isso pode ajudar a mudar a percepção social dos idosos e combater o estereótipo de que eles são menos valiosos.
Finalmente, devemos encorajar a interação entre as gerações. Isso pode ajudar a quebrar barreiras entre os jovens e os idosos, promovendo uma maior compreensão e empatia entre as gerações. Programas que unam jovens e idosos, como voluntariado em instituições de cuidados para idosos ou atividades conjuntas em escolas e universidades são algumas opções para se alcançar esse objetivo.
CHEGA DESSE PRECONCEITO
Em resumo, o etarismo é um problema crescente que afeta pessoas de todas as idades, mas é mais comum contra os idosos. A discriminação etária pode afetar todas as áreas da vida de uma pessoa, incluindo emprego, saúde e relacionamentos sociais. Para combater esse preconceito, é importante aumentar a conscientização sobre o problema, implementar políticas que visem proteger os direitos dos idosos, promover a interação entre as gerações e mudar a narrativa em torno do envelhecimento. Somente através de esforços contínuos e colaborativos podemos trabalhar para erradicar a discriminação etária e criar uma sociedade mais justa e inclusiva para todas as idades.
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